RADIOAMADOR – Portal do Radioamador

A arte da comunicação através do rádio

Já disse alguém: ninguém vive só… Cada ser precisa do outro. É necessário à sobrevivência. O homem não é exceção, apesar de sua inteligência, independência em relação aos outros seres.

Ninguém é uma ilha. Precisamos dos outros, da comunicação, da convivência, enfim, estar vivendo.

Desde o início do mundo, a comunicação já existia. Os primeiros seres humanos que habitavam o Planeta tiveram necessidade de se comunicarem e o fizeram por gestos, linguagem, desenhos e escrita.

Com o passar do tempo foram necessitando de comunicações mais longas, mais rápidas e cobrindo grandes distâncias. Surgiu a comunicação por tambor, fumaça, espelhos e finalmente a imprensa. Primeiro, os mensageiros cobriam as grandes distâncias e depois com a evolução outros meios surgiram para a comunicação: o telégrafo, o telefone, o rádio, a televisão. Hoje a comunicação através de satélites e a Internet, essa grande teia que reúne máquinas de comunicação de todos os tamanhos, permitindo o encontro de pessoas em todo o mundo.

A Radiofonia é relativamente moderna e já dominou um número incalculável de uso em todos os campos da atividade humana.

Em uma transmissão através do Rádio, não é o som que percorre a distância entre o aparelho emissor e o receptor, mas sim, as ondas radioelétricas. Na estação emissora, as ondas sonoras produzem as ondas radioelétricas invisíveis, que se propagam através do espaço em todas as direções. Ao chegarem ao aparelho receptor, elas voltam a se transformar em ondas sonoras, exatamente semelhantes às emitidas inicialmente.

Apesar da invenção do rádio ser recente, seu desenvolvimento foi vertiginoso e hoje já domina os meios de comunicação pelo seu baixo custo no uso das ondas Hertzianas.

A invenção do rádio, como tantas outras, não é obra de um homem apenas. A necessidade da comunicação entre os seres humanos proporcionou a união entre cientistas curiosos. Inicialmente, em 1837, nos Estados Unidos, Samuel Finley Breese Morse, depois de laboriosos trabalhos desde 1832, apresentou um aparelho transmissor com o qual conseguiu transmitir a “inteligência” por um fio condutor utilizando pontos e traços para significarem letras, segundo um código de sua autoria.

Esse invento foi depois aperfeiçoado a ponto de vir a constituir o telégrafo com fio, marco decisivo para a era da comunicação.

Em 1835, o Professor Joseph Henry inventou o relé eletromagnético, considerado “a maior invenção dos tempos modernos”, tal a multiplicidade de usos na construção de aparelhos domésticos e de toda a sorte, como por exemplo, o seu emprego na fissão de átomos na física nuclear e na industria de robôs. Foi Joseph Henry que sugeriu a Samuel Morse introduzir o relé em seu sistema, para assim melhor enfrentar os óbices da distância entre transmissor e receptor. Henry deu ainda a Morse ânimo e coragem para obstinar-se em suas experiências, garantindo-lhe que ele estava construindo uma peça de grande futuro. Os ensaios com o aparelhamento se estenderam pelo ano de 1836 e em setembro de 1837 os experimentos foram assistidos por físicos americanos e ingleses, os quais reconheceram a sua valia como meio especial de comunicação à distância.

James Clerk Maxwell desenvolveu a teoria eletromagnética da luz, tomando por base a verificação feita por Weber e Kohlrausch, de que a velocidade de propagação de uma corrente elétrica era igual à da luz no vácuo. Uns vinte e quatro anos antes de ser produzida intencionalmente pela primeira vez, a onda hertziana, James Clerk Maxwell demonstrava, por meio de uma complicada fórmula matemática, a possibilidade de se produzir esta onda. A demonstração data de 1864. Devemos a Maxwell a teoria das ondas eletromagnéticas.

O físico e químico inglês Michael Faraday realizou estudos e experiências em torno do fenômeno da indução eletromagnética. Tais estudos despertaram a idéia de que sinais elétricos poderiam ser transmitidos sem a utilização de fios condutores. As experiências de Faraday, assim como as de Maxwell – que serviu a possibilidade das ondas de rádio – e as de Kelvin, foram muito úteis, mais tarde para Hertz, em 1884, que em 1888 foram denominadas de “ondas de Hertz”.

O físico alemão Heinrich Rudolf Hertz descobriu, em 1888, as ondas elétricas, por isso chamadas Hertzianas. Hertz conseguiu, em seu laboratório, na cidade de Frankfort, Alemanha, mediante poderosas descargas elétricas, transmitir os impulsos de uma sala para outra, usando um receptor extremamente elementar, para receber o sinal, demonstrando a íntima relação existente entre a luz e a eletricidade. Hertz não só conseguiu produzir estas ondas em diferentes comprimentos, como mediu suas frequências e definiu suas características. Após, Branly criou um aparelho capaz de detectar as ondas elétricas. O russo Popov inventou a antena e por fim o italiano Guglielmo Marconi e o brasileiro Roberto Landell de Moura, padre-cientista gaúcho, completaram a obra conseguindo enviar mensagens em traços e pontos. O Padre-cientista Roberto Landell de Moura, muito antes da primeira experiência de Guglielmo Marconi, em 1893, realizava em São Paulo, do alto da Avenida Paulista para o alto do Morro Sant’Ana, as primeiras transmissões de telegrafia e telefonia sem fio, com aparelhos de sua invenção, numa distância aproximada de uns oito quilômetros em linha reta, entre aparelhos transmissor e receptor. Só um ano depois foi que Marconi iniciou suas experiências com seu telégrafo sem fio.

Em 1904, o Engenheiro Eletricista inglês John Ambrose Fleming inventou a “válvula de oscilações”, chamada depois de diodo ou de válvula de Fleming, que permitiu controlar a velocidade das ondas radioelétricas e o físico americano Lee De Forest, em 1906, tornou possível ampliar essas mesmas ondas, inventando a válvula de vácuo triodo, chamada Audion, invenção que marcou para a radiocomunicação um rápido desenvolvimento. Estavam assim criadas as válvulas eletrônicas utilizadas como elemento essencial nos nossos atuais emissores.

O rádio, portanto, criado, serviu como meio de comunicação aos seres humanos desde séculos passados e até hoje podemos contar com esse importante meio que leva às mais longínquas regiões a sua mensagem. É através do rádio que as pessoas mais simples se comunicam por avisos, noticiários, etc.

Colaboração: IVAN DORNELES RODRIGUES – PY3IDR

Atenção: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Portal Radioamador.

Sair da versão mobile