Colaboração: Dirceu C. Cavalcanti – PY5IP
Propagação está intimamente ligada ao numero de manchas solares na superfície solar. As áreas ao redor das manchas emitem grandes quantidades de radiação ionizada – radiação ultravioleta extrema. O aumento das manchas solares, está grandemente ligado com a melhora da propagação a nível mundial. Nas épocas de maior atividade solar, o sol emite maior radiação que carregam as partículas na ionosfera terrestre. As ondas de rádio viajam (ou refletem) através destas partículas carregadas, e quanto mais carregadas estas nuvens de íons, melhor a propagação nas bandas de HF. O número de manchas é calculado pela contagem das mesmas na superfície solar visível e também levando-se em consideração o seu tamanho.
Escutar a W1AW ou checar as condições nos sites na Internet pode nos dar exatamente os índices em tempo real. As observações incluem a monitoração do fluxo solar na faixa de 10,7 cm, ou seja, o índice Boulder A e o índice Boulder K. O fluxo solar em 10,7 cm é essencialmente a medida da radiação térmica do sol, e contribui notadamente no processo de ionização. Este fluxo é medido em muitos quadrantes da terra, por exemplo, um dos locais é um observatório localizado em Penticton, Columbia Britânica que usa uma antena apontada para o sol, conectada a um receptor sintonizado em 2,8 GHz, cujo comprimento de onda é de 10,7 cm > Em 12 meses observando o fluxo em 10,7 cm, nos dará a média de manchas solares dos últimos 12 meses que é chamada de número plano de spots, SSN. Quanto mais alto o número plano melhores condições propagatórias teremos. Este número é conhecido como SFI (Solar Flux Índex) o aumento nesta número é benéfico. Os valores típicos de SFI podem ser vistos como exemplo de mais baixo em janeiro de 1997 (67) e (370) em janeiro de 1991.
Outro tipos de atividades solares no interesse do radioamadorismo são os Solar FLARES (dilatação solar) e os Solar Holes (buracos solares), que podem emitir alta energia em prótons e raios X e causam significante aumento na velocidade do vento solar. Os prótons podem causar coroa polar e eventos de absorção em altas latitudes. Os raios – x podem causar black-out no lado diurno da terra que pode aumentar a absorção na região D. O significativo aumento da velocidade do vento solar pode resultar em tempestades geo magnéticas que geralmente tendem a piorar os números MUF (máxima frequência utilizável) degenerando as comunicações em HF.
O índice A é a média quantitativa medida da atividade geo-magnética derivada de uma série de medidas físicas.
O índice Boulder A anunciado na W1AW e na Internet, é por natureza linear e tem uma escala entre 0 e 400, e é o índice A das últimas 24 horas que é derivado do índice K das últimas 3 horas gravado em Boulder no estado do Colorado. O índice K é logarítmico em sua natureza e tem uma escala de 0 a 9, e é o resultado das medidas das últimas 3 horas magnetométricas medidas, comparadas com o campo geo-magnetico orientado e sua intensidade que são obtidos sob condições geomagnéticas calmas.
É adequado dizer-se então que a atividade geomagnética, tempestades solares, raios–X, Flares (dilatações solares) Tc, podem causar uma reação adversa na propagação.
O índice A nos mostra a ESTABILIDADE GEOMAGNÉTICA. Magnetometros ao redor do mundo são usados para gerar o número chamado INDICE PLANETÁRIO K. Um ponto alterado no índice K é totalmente significante. O índice K lido abaixo de 3 geralmente indica na média, estáveis e boas condições. Qualquer número acima de 3 indica absorção nas ondas de rádio. A cada ponto mudado, reflete-se significantes mudanças nas condições. Geralmente as medidas mais elevadas são encontradas nas altas latitudes do globo terrestre. Altos valores de A e K são reportados! Isto por causa dos efeitos da instabilidade geomagnética que tendem a ser mais concentradas nas regiões polares.
Simplificação pode corromper os dados no complexo campo da propagação, mas em geral, para longa distância, a regra para manuseio será sempre: o mais alto SFI e os mais baixos números A e K. Isso nos dará as melhores condições em faixas altas no geral. O índice A deverá preferencialmente estar abaixo de 14, e a atividade solar baixa ou moderada. Se o índice A declina abaixo de 7 por alguns dias, na tabela, e o SFI Solar Flux Índex é alto, aguarde por muitas reais e excitantes condições intercontinentais.
Pode-se escutar o SFI e os índices A e K na WWV aos 45 minutos de cada hora, nas frequências de 5, 10 e 15 MHz. Ou Observar nos sites específicos da internet. Para quem fizer uso do Packet-Cluster, digite <sh/wwv> Para gráficos a cada 5 minutos, na internet : http://www.sec.noaa.gov/today.html .
A classificação do índice K é a seguinte:
K0 = Inativo
K1 = Muito quieto
K2 = Quieto
K3 = Incerto
K4 = Ativo
K5 = Tempestade menor
K6 = Tempestade maior
K7 = Tempestade severa
K8 = Tempestade muito severa
K9 = Tempestade extremamente severa
A classificação do índice A é a seguinte:
A0 – A7 = Quieto
A8 – A15 = Incerto
A16 – A29 = Ativo
A30 – A49 = Tempestade menor
A50 – A99 = Tempestade maior
A100 – A400 = Tempestade severa
Colaboração: Dirceu C. Cavalcanti – PY5IP