Militar,
general do Exército Brasileiro, gaúcho, natural de Porto Alegre,
nasceu em 22 de março de 1925, filho do general Alcides Gonçalves
Etchegoyen (que ao lado do irmão Nelson, também militar,
participou de revoluções nos anos 30) e Regina Guedes Etchegoyen,
tinha dois irmãos que também seguiram carreira militar: Ciro e
Alcides. O general Léo Guedes Etchegoyen atuou como Chefe de Polícia
do Rio Grande do Sul e Chefe do Estado-Maior do III Exército
durante a ditadura militar.
A
vida no Exército começou na Escola Preparatória de Cadetes de
Porto Alegre e seguiu na Academia Militar das Agulhas Negras - AMAN,
em Resende-RJ. Foi declarado aspirante a oficial em 1945. Em 1964,
após o golpe militar, Etchegoyen foi nomeado Chefe de Polícia do
Estado do Rio Grande do Sul, função que exerceu durante um ano.
Depois, comandou o 1º Regimento de Cavalaria Mecanizada, em Santo
Ângelo-RS.
No
final da década de 60, foi chamado a Brasília para atuar como
Chefe da Assessoria Especial do presidente Emílio Médici. Foi
ainda adido militar do Exército na Suiça, Chefe do Estado-Maior do
II Exército, em São Paulo, comandante da 10a. Brigada de
Infantaria Motorizada, em Recife-PE, Chefe do Estado-Maior do III Exército,
em Porto Alegre, e comandante do Departamento de Assistência à Saúde
do Exército.
Em 1983, quando já estava na reserva, uma situação inédita
ocorreu em sua carreira. Por ter sido adido militar na Suiça, Léo
Guedes Etchegoyen foi sondado para depor na CPI da Dívida Externa
no Senado, que também investigava as contas de brasileiros naquele
país. Em entrevistas, afirmou que se fosse convocado, não fugiria
de sua responsabilidade.
O
general Newton Cruz, na época comandante militar do Planalto, não
gostou das declarações de Léo Guedes Etchegoyen, dizendo-se
inconformado com os "traidores da pátria e do Exército
Brasileiro", em uma reunião com outros militares, em Brasília.
Entre eles estava o então capitão Sérgio Etchegoyen - ciente da
referência direta ao seu pai -, que manifestou contrariedade e
recebeu voz de prisão.
Depois,
em entrevista sobre o episódio, o general Léo Guedes Etchegoyen
disse que Newton Cruz "não tinha postura nem compostura",
o que lhe acarretou seis dias de prisão em Porto Alegre. Etchegoyen
adorava o radioamadorismo.
Era
sócio remido da LABRE e ingressou no radioamadorismo em 18 de maio
de 1962, tendo recebido o Indicativo de Chamada PY3BNQ, mais tarde
PY2FFU e PT2FFU. Quando voltou a residir no Rio Grande do Sul, teve
o Indicativo de Chamada de sua estação alterado para o inicial
PY3BNQ e por último PY3EB.
Em
06 de dezembro de 1970 Léo Guedes Etchegoyen, na época PY2FFU, foi
eleito Diretor Seccional da LABRE-DISTRITO FEDERAL. Para
Vice-Diretor Seccional foi eleito Daher Moisés - PY2EQK. A posse
realizou-se a 12 do mesmo mês, ocasião em que também foram
empossados os demais membros nomeados para outros cargos da DS/DF: 1º
Secretário - Henrique Eduardo F. Hargreaves - PY2ESG; 2º Secretário
- Luiz Carlos Dinnies Camargo - PY2GFK; 1º Tesoureiro - Pedro de
Souza Maciel - PY2GAT; 2º Tesoureiro - Dalton Rafael de Barros -
PY2FFN; Diretor do Departamento de QSL - Waldemar da Silva Pinto
Filho; Diretor do Patrimônio - Yvanildo de Figueiredo Andrade de
Oliveira - PY2EPU; Comissão Técnica: Waynel Luize - PY2ARD, Lício
Augusto Ribeiro Maciel - PY2EZW e Anésio Alves Miranda - PY2FFQ.
Quando
entrou em vigor a Norma de Execução do Serviço de Radioamador -
N-05/75, aprovada pela Portaria nº. 497, de 06.06.1975, do Sr.
Ministro de Estado das Comunicações, na qual cada Unidade
Federativa passou a ter o seu próprio prefixo (PY1 para RJ, PP1
para ES, PY2 para SP, PP2 para GO, PT2 para DF, e assim por diante),
Léo Guedes Etchegoyen passou a ter o Indicativo de Chamada PT2FFU.
Graças
a atuações decisivas do Gen. Léo Guedes Etchegoyen - PY3EB,
ex-PY3BNQ, PY2FFU e PT2FFU; do ex-governador do Distrito Federal,
Cel. Hélio Prates da Silveira, gaúcho de São Gabriel; de Remy
Flores Toscano - PT2VE, ex-PY3AKG; de Luiz Alfredo da Silva -
PY2GIP; de Gonçalo Rafael d'Ângelo - PY2GBZ e de José George da
Rocha - PY2GN, a LABRE possui sua sede as margens do Lago Paranoá,
zona nobre de Brasília.
Faleceu
em sua cidade natal, no Hospital Moinhos de Vento, na madrugada do
dia 08 de março de 2003, aos 77 anos de idade, vítima de enfarte.
Seu corpo foi cremado no mesmo dia.
Era
casado com dona Lúcia Westphalen Etchegoyen e deixou cinco filho: Sérgio
(Chefe da Comissão do Exército Brasileiro em Washington, nos
Estados Unidos), Maria Lúcia, Alcides Luiz, Marcos e Roberto; e dez
netos. |